
22 de março de 2010 | 10h37
Sarkozy se reúne com o premiê François Fillion. Foto: Philippe Wojazer/Reuters
PARIS - A aliança esquerdista de oposição do Partido Socialista conseguiu 54,3% dos votos, enquanto que o partido governista UMP (União pelo Movimento Popular) ficou com apenas 36,1% da preferência do eleitorado. A ultradireitista Frente Nacional, de Jean-Marie Le Pen, contabilizou 8,7% dos votos.
Cerca de 51% dos eleitores compareceram ao pleito. No primeiro turno das eleições regionais, no domingo da semana passada, menos da metade dos eleitores franceses havia ido às urnas.
O primeiro-ministro francês François Fillon admitiu a derrota de seu partido, que agora só controla uma das 22 regiões francesas, a Alsácia. "Eu assumo minha parcela de responsabilidade", declarou Fillon, que deve se encontrar com o presidente Sarkozy nesta segunda-feira.
As eleições regionais deste domingo eram consideradas o principal teste eleitoral na França antes do pleito presidencial de 2012.
Apesar de as eleições regionais terem tido como pauta questões locais como transportes públicos, muitos eleitores decidiram punir o governo central por causa da insatisfação com o alto nível de desemprego e os planos para a reforma de vários setores, incluindo o Judiciário e o sistema de pensões.
Insatisfação
Segundo a correspondente da BBC em Paris Jane Kirby, muitos franceses estão insatisfeitos com Sarkozy e consideram que ele não cumpriu a promessa eleitoral de tornar os cidadãos comuns mais ricos e de deixar a economia francesa mais competitiva.
Com 3 milhões de pessoas atualmente sem emprego, a França enfrenta hoje o maior nível de desemprego das últimas décadas, enquanto uma série de reformas impopulares provocaram várias greves e protestos nos últimos meses.
Com sua taxa de aprovação em queda, Sarkozy sugeriu a possibilidade de uma pausa no ritmo das reformas após as eleições. Muitos analistas também acreditam numa reforma de gabinete por conta da derrota eleitoral.
Uma pesquisa recente indicou que 57% dos franceses desejam ver uma mudança no governo após as eleições desse domingo.
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