Serviço secreto russo pode ter matado Litvinenko, diz ex-agente

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Um delator do serviço secreto russo, libertado na sexta-feira depois de ficar preso por ter revelado segredos, disse ter provas que indicam o envolvimento do governo da Rússia no assassinato do ex-espião Alexander Litvinenko. O ex-agente do Serviço Federal de Segurança (FSB) Mikhail Trepalhkin disse à Reuters que uma autoridade do FSB lhe disse em 2002 que um grupo estava sendo montado para "eliminar" Litvinenko, que fazia duras críticas ao governo. Um porta-voz do FSB recusou-se a comentar a acusação de Trepashkin. Autoridades russas já negaram o envolvimento do governo na morte de Litvinenko, que foi envenenado em Londres com um isótopo radioativo, o polônio-210. O ex-espião, também delator, morreu no ano passado, acusando o Kremlin do envenenamento. Litvinenko morava na Grã-Bretanha e associara-se a Boris Berezovsky, o magnata russo que é adversário do presidente Vladimir Putin. "Tive uma reunião com uma autoridade do FSB em agosto de 2002 e ele disse que havia um grupo bem sério formado para eliminar todos os ligados a Berezovsky e Litvinenko, incluindo os dois", afirmou Trepashkin, 50, à Reuters por telefone, horas depois de ser solto. "Fica claro que o grupo era formado por empregados e agentes do FSB. O FSB é gente que só trabalha sob ordens dos de cima", disse ele. "A teoria de que o FSB está por trás disso deveria ser investigada." (Reportagem de Guy Faulconbridge)

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