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Sindicatos sinalizam diálogo no sexto dia de greve na França

Organização promete ato na terça-feira; grupo protesta contra reformas no sistema previdenciário

Por Agências internacionais
Atualização:

Os franceses enfrentam nesta segunda-feira, 19, o sexto dia de greves no país, mas os sindicatos dos transportes sinalizaram que poderão encerrar a paralisação motivada por uma proposta de reforma no sistema de aposentadorias.   Os sindicatos votarão ainda nesta segunda sobre os próximos passos da greve, depois de concordar no domingo em reabrir o diálogo sobre os planos do governo de cortar privilégios que permitem a alguns setores públicos aposentaram-se dois anos e meio antes que o padrão.   Ainda assim, a maioria dos sindicatos não recomendaram formalmente um fim à greve. Embora mais trens estejam operando nesta segunda, poucos esperam uma volta à normalidade até depois de um protesto separado de servidores públicos, na terça-feira.   Os ferroviários, metroviários e motoristas de ônibus protestam contra a reforma de suas aposentadorias especiais, que prevê o aumento do tempo de contribuição de 37,5 anos para 40 anos para ter direito à aposentadoria integral.   No fim de semana, o ministro do Trabalho, Xavier Bertrand, entrou em contato com representantes sindicais com a intenção de suavizar sua rejeição e preparar um eventual acordo que, por enquanto, não parece próximo.   Milhares de pessoas - 6.500, segundo a polícia - participaram de um protesto no domingo em Paris contra a greve. Convocados por meio da internet e de mensagens de celular, os manifestantes reivindicaram o fim da greve e um transporte em pleno funcionamento.   Em 1995, uma greve de três semanas no setor de transportes públicos, também motivada pelas aposentadorias especiais, acabou obrigando o governo a retirar o projeto de lei. Agora os sindicatos exigem que o governo esclareça alguns pontos das propostas, consideradas "vagas", antes de pôr fim ao movimento.

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