A Suécia recorreu à Interpol para lançar uma ordem de prisão contra o fundador do Wikileaks, Julian Assange, acusado no país de um suposto delito de violação, que o interessado considera fruto de uma campanha para desacreditar seu site.
A Interpol confirmou neste sábado, 20, ter recebido um pedido sueco para publicar um "alerta vermelho" para a extradição de Assange, indicou uma porta-voz da agência policial internacional. No entanto, o "alerta vermelho" não foi publicado no site da
Interpol porque a Suécia não autorizou a divulgação do conteúdo do mandato de prisão de Assange, de nacionalidade australiana, precisou à Agência Efe a porta-voz.
Também não se tornou público se o aviso foi comunicado aos serviços policiais dos países-membros da Interpol porque, como lembrou a porta-voz, a regra da organização estabelece que é preciso dar detalhes sobre o pedido (as razões pelas quais uma pessoa é procurada e os elementos que as sustentam).
Os advogados de Assange disseram, nesta sexta-feira, que se seu cliente não viaja para a Suécia, onde ficou pouco mais de um mês nos últimos tempos, pelo "circo midiático" que seria criado e pelas "dificuldades" de seus deslocamentos por motivos de segurança.
No entanto, asseguraram que o fundador do Wikileaks se ofereceu "em várias ocasiões" para ser interrogado, tanto "na embaixada da Suécia no Reino Unido", onde acredita-se que esteja atualmente, como por videoconferência.