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Tranquilidade pós-eleitoral ajuda a recuperar turismo na Grécia

Por RENEE MALTEZOU
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O turismo grego se sairá melhor do que o esperado este ano, com a queda dos temores sobre uma saída caótica do euro, disse nesta sexta-feira o chefe da principal associação da indústria de turismo no país. Andreas Andreadis previu que a receita terá queda de apenas 5 por cento este ano, em comparação com uma previsão feita em junho de queda de 15 por cento, citando como motivos a eleição de um governo estável e sinais de confiança dos credores internacionais. Responsável por cerca de 16 por cento da receita do país e por um em cada cinco empregos, o turismo é vital para a economia da Grécia. Seus resorts em praias de areia branca, águas azuis e templos antigos estão entre seus poucos pontes fortes, em meio a uma forte recessão. Os lucros com turismo devem cair ligeiramente para pouco mais de 10 bilhões de euros, de 10,5 bilhões em 2011, enquanto as chegadas de passageiros devem chegar a 16 milhões este ano, de uma alta recorde de 16,5 milhões no ano passado, afirmou Andreadis, chefe da Associação de Turismo Sete, à Reuters. Especulações sobre a saída forçada da Grécia do bloco de moeda única, antes de uma eleição tensa em junho, e temores de que agitações populares poderiam ocorrer a qualquer momento, assustaram muitos visitantes antes da época de férias de verão. Mas o surgimento de um governo pró-União Europeia, sob comando do primeiro-ministro conservador Antonis Samaras, e a ausência de qualquer tipo de violência ou protestos, ajudaram a atrair novamente visitantes estrangeiros para o país famoso por suas ilhas. "Os temores de que a Grécia deixaria o euro foram superados e os pontos de interrogação desapareceram", disse Andreadis. "Foi também um verão tranquilo em termos de greves", contou. Comentários de que os credores da Grécia poderiam perder a paciência com o governo grego pelo não cumprimento de promessas da reforma também dissiparam, à medida que a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional retomaram as conversas sobre a próxima etapa do seu programa de resgate. Antes da eleição, empresas de turismo esperavam uma queda de receita de 10 a 15 por cento para 2012 e os hoteleiros e agentes de viagens derrubaram os preços para atrair reservas de última hora.

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