Tremor na Itália deixou 100 mil desabrigados, diz prefeito

Entre 10.000 e 15.000 casas foram destruídas, afirmam autoridades; 60 já foram resgados dos escombros

PUBLICIDADE

Por Agências internacionais
Atualização:

O prefeito da cidade italiana de Áquila disse nesta segunda-feira, 6, que cerca de 100 mil pessoas perderam suas casas com o terremoto que já deixou 150 mortos e outros 1,5 mil feridos. De acordo com as autoridades, entre 10.000 e 15.000 residências foram danificadas ou totalmente destruídas.

 

Milhares de italianos passam a noite em tendas montadas pelas autoridades. Foto: AP

 

Veja também:

linkSobe para 150 número de mortos em terremoto na Itália

linkNão há vítimas brasileiras na Itália até agora, diz Itamaraty

linkAutoridades ignoraram alerta de terremoto na Itália

email Está na Itália? Envie seu relato

Publicidade

lista Brasileiros contam como enfrentaram o tremor

lista Cronologia: Piores tremores dos últimos anos

especialEntenda como acontecem os terremotos

mais imagens Fotos: Veja as imagens

video TV Estadão: Vídeo mostra a destruição em Áquila

 

PUBLICIDADE

As buscas por sobreviventes seguem intensas. Sessenta pessoas foram resgatadas com vida dos escombros desde a madrugada, segundo balanço provisório das forças de resgate italianas. Os desabrigados estão sendo realocados em hotéis do litoral ou em tendas de campanha distribuídas na região.

 

Publicidade

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, aconselhou às pessoas da região de Abruzzo, no centro da Itália, que não durmam em suas casas. "Esta noite, e se for possível as seguintes dos próximos dias, não durmam em vossas casas. Pode ser perigoso", afirmou, em alusão a possíveis réplicas do terremoto, no programa "Porta a Porta" da emissora de televisão RAI-1.

 

No entanto, e apesar de o governo falar em 5 mil tendas de campanha e 5 mil quartos nos hotéis do litoral, a Agência Efe informou que na capital de Abruzzo, Áquila, muitas pessoas permanecem sob chuva e com baixas temperaturas sem serem realocadas.

 

Nos três ginásios poliesportivos de Áquila, onde a polícia e a Defesa Civil dividem cobertores e tendas de campanha, há filas para entrar nos alojamentos improvisados e muitas pessoas estão fora de suas casas desde a madrugada. Enquanto isso na cidade, os bombeiros conseguiram resgatar com vida uma jovem de 21 anos dos escombros na rua Sant' Andrea, pouco depois de se confirmar a morte da abadessa do convento de San Amico no centro histórico de Áquila.

 

As equipes de resgate ainda trabalham contra o relógio para resgatar um estudante de 24 anos, que permanece sob os escombros de uma casa de quatro andares há 20 horas e que, no momento do terremoto, se escondeu sob a cama, o que, por enquanto, lhe salvou a vida.

 

O ministro do Interior, Roberto Maroni, afirmou que as equipes continuarão escavando sob os escombros "até ter a certeza de que não há mais ninguém com vida". Maroni confirmou o pedido prévio de Berlusconi do envio de 1.200 bombeiros e 1.000 soldados ao local "que serão mobilizados já amanhã."

 

AJUDA

 

O governo dos Estados Unidos anunciou que doará US$ 50 mil em ajuda de emergência para os desabrigados pelo terremoto, que atingiu de 5,8 graus na escala Richter. O porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Robert Wood, enviou as condolências do governo americano às vítimas e anunciou que a embaixada dos Estados Unidos em Roma "proporcionará US$ 50 mil em ajuda de emergência."

Publicidade

 

"O governo da Itália nos disse que não precisa outro tipo de assistência, como equipes de resgate", disse Wood à imprensa. O porta-voz assinalou que a embaixada americana entrou em contato com as autoridades italianas para ter informação constante sobre a situação.

 

O escritório diplomático também contatou os americanos que vivem na região e, por enquanto, não há nenhuma notícia de que algum deles tenha ficado ferido. O presidente americano, Barack Obama, que se encontra na Turquia, último ponto de sua viagem europeia, expressou sua dor pelas vítimas e enviou sua solidariedade às autoridades italianas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.