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Tribunal não transmitirá audiências sobre eleições na Ucrânia

Premiê e candidata derrotada moveu ação na corte para invalidar resultados e forçar terceiro turno

Por Reuters e Efe
Atualização:

O Supremo Tribunal Administrativo da Ucrânia, que iniciou nesta sexta-feira, 19, o estudo do recurso apresentado pela primeira-ministra Yulia Timoshenko para anular o resultado das eleições presidenciais, rejeitou a petição da premiê e candidata derrotada para transmitir as audiências do caso pela televisão.

 

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O Tribunal resolveu que só o anúncio do veredicto sobre o caso será transmitido, mas informou que as audiências serão públicas e que a imprensa poderá comparecer.

 

Na quarta-feira, a corte suspendeu de forma cautelar a resolução da Comissão Eleitoral Central sobre os resultado do segundo turno das eleições presidenciais do último dia 7 que dava a vitória ao líder opositor Viktor Yanukovych.

 

A suspensão, segundo o departamento de imprensa do tribunal, estará vigente até que a análise do recurso apresentado por Yulia seja concluída. "Peço ao tribunal que seja o mais objetivo possível", disse a primeira-ministra aos juízes, a quem lembrou da "importância de se analisar minuciosamente as supostas evidências de fraude".

 

A premiê e Yanukovych disputaram um segundo turno marcado por trocas de acusações de corrupção, falsas promessas e fraudes. Segundo os resultados anunciados pela comissão eleitoral, o opositor teve 48,95% dos votos (12.481.266), enquanto a candidata governista recebeu 45,47% (11.593.357).

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Apelo

 

Antes do anúncio da decisão do tribunal sobre a transmissão das audiências, Yulia fez um apelo para que a corte considere sua ação contra o resultado das eleições. "Eu não vim defender as eleições. Vim defender o futuro da Ucrânia. Não quero que o futuro do meu país seja construído por mentiras e fraudes", disse a premiê.

 

Yulia, que foi uma das líderes da Revolução Laranja de 2004, quando houve um terceiro turno por conta de acusações de fraudes, avisou que convocará seus partidários às ruas caso "o resultado das urnas não reflita a vontade do povo ucraniano".

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