Ucrânia ameaça retomar territórios de rebeldes inflexíveis

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Por MARIA TSVETKOVA E RICHARD BALMFORTH
Atualização:

Forças do governo da Ucrânia alertaram nesta quarta-feira os separatistas da cidade de Donetsk, no leste do país, de que um plano está em andamento para retomar o território que ocupam, mas os rebeldes adotaram um tom desafiador e relataram um fluxo constante de novos recrutas prontos para a luta. Os militares ucranianos expulsaram os rebeldes de seu bastião mais bem fortificado na cidade de Slaviansk no sábado, mas estes se reagruparam para lhes fazer frente em Donetsk. Os rebeldes ainda controlam edifício estratégicos em Luhansk, perto da fronteira com a Rússia. Na terça-feira, os separatistas declararam que Igor Strelkov, um militar russo de Moscou que até o final de semana liderava os insurgentes em Slaviansk, assumiu o comando da "defesa de Donetsk". O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, descartou o uso de ataques aéreos e de artilheria, que podem ameaçar civis, e disse na noite de terça-feira: “Não haverá combates de rua em Donetsk”. Mas o governo afirma ter um plano para retomar Donetsk e Luhansk e causar uma “surpresa terrível” aos rebeldes. O porta-voz dos militares, Andriy Lysenko, detalhou a ameaça nesta quarta-feira, dizendo: “Há um plano para liberar territórios ucranianos dos terroristas, e não depende do preparo ou despreparo de Strelkov e seus lacaios para se defenderem”. Mas os separatistas a cargo de um centro de ‘mobilização’ para a auto-proclamada ‘república do povo’ afirmaram que o recrutamento de novos combatentes anda a passos largos desde que Strelkov conclamou mais recrutas nesta quarta-feira. Cerca de 300 voluntários se apresentaram desde a terça-feira, muito mais que a média diária de 25 a 30 pessoas, afirmaram separatistas no centro. A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, falaram por telefone com Poroshenko nesta quarta-feira com o objetivo de reiniciar as conversas com os rebeldes a respeito de um cessar-fogo, informou o porta-voz de Merkel. Mas centenas de insurgentes estão montando barricadas e cavando trincheiras nos arredores de Donetsk desde que chegaram de Slaviansk e de áreas vizinhas retomadas pelo governo.

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