
19 de dezembro de 2013 | 18h24
Em sua primeira aparição pública desde que concordou com o acordo com Moscou, Yanukovich argumentou que garantir gás mais barato e créditos da Rússia tinha sido o único meio de evitar o calote do país.
Logo depois, seu governo emitiu eurobonds de 3 bilhões de dólares com prazo de dois anos, cujos termos correspondem exatamente ao de um título que a Rússia disse que iria comprar, como parte de uma linha vital de crédito, de 15 bilhões de dólares, para ajudar seu ex-aliado soviético a sair da crise econômica.
Mas numa entrevista à imprensa de mais de uma hora e meia de duração, e televisionada, o presidente ucraniano não demonstrou nenhuma disposição para atender às exigências dos líderes da oposição, que pedem sua renúncia ou a antecipação das eleições. Ele disse que as ações deles eram "revolucionárias".
Seu único gesto levemente conciliatório foi dizer que não tentará reeleger-se em 2015 se sentir que poderá ser derrotado.
"Se a minha cotação estiver baixa e eu não tiver perspectivas (de ganhar), então, não vou ficar no caminho do desenvolvimento do país e de sua trajetória para a frente", disse ele a um dos entrevistadores.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.