
24 de dezembro de 2013 | 16h55
O presidente Vladimir Putin ofereceu a ajuda para a Ucrânia na semana passada, acompanhada de um grande corte no preço que Kiev paga pelo gás russo. Ele tenta persuadir o vizinho a se juntar a uma união comercial de ex-repúblicas soviéticas.
"A primeira parcela da dívida soberana da Ucrânia foi adquirida por 3 bilhões de dólares", disse o primeiro-ministro russo Dmitry Medvedev ao seu correspondente ucraniano Mykola Azarov, em uma reunião em Moscou.
"O dinheiro foi para o banco central da Ucrânia", disse. Azarov confirmou que a Ucrânia o recebeu.
A decisão do presidente Viktor Yanukovich de se voltar para Moscou e se afastar de uma oferta de ligações comerciais com a União Europeia resultou em muitos protestos na Ucrânia, que chegaram até centenas de milhares de pessoas.
Os manifestantes acusam Yanukovich de se vender pelo acordo da dívida e pelo preço do gás, decisão que pode levar o país a uma crise de financiamento ano que vem.
Azarov, mais tarde, juntou-se a Putin e aos líderes de Cazaquistão, Bielorrússia, Armênia e Quirguistão - ex-repúblicas soviéticas que pretendem se juntar às alianças comerciais que a Rússia está construindo, parte do plano de Moscou para restaurar influência no seu antigo império.
Até agora, porém, a Ucrânia tem resistido a se juntar à união comercial liderada pelos russos, o que inviabilizaria qualquer chance de Kiev assinar um acordo de livre comércio com a União Europeia.
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