31 de agosto de 2014 | 09h40
Depois de uma longa entrevista com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, que alertou que uma "guerra total" era iminente se as tropas russas continuassem a avançar no apoio a rebeldes pró-Moscou, os líderes concordaram no domingo em ter funcionários da União Europeia elaborando, no prazo de uma semana, uma lista de novas medidas que podem atingir uma gama de setores.
Mas a ansiedade sobre o impacto das sanções sobre as suas próprias economias fracas -- e seu acesso às fontes de energia russas -- resultou em uma UE dividida que não pode concordar em impor prazos ou condições precisos sobre o presidente russo, Vladimir Putin.
O Conselho Europeu convidou a Rússia "a retirar imediatamente todos os seus bens e as forças militares da Ucrânia" e pediu um cessar-fogo. Os líderes pediram o braço executivo da UE, a Comissão, para preparar propostas sobre novas sanções a serem impostas por eles, incluindo medidas que penalizam qualquer pessoa ou entidade que negociem com separatistas do leste da Ucrânia.
A chanceler alemã, Angela Merkel, figura mais poderosa do bloco, observou que medidas estariam prontas dentro de uma semana e disse que Putin deve agir para evitá-las:
"Não haverá decisões sobre novas sanções se a situação atual se passa ou se deteriora", afirmou.
Mas perguntado sobre um prazo para a ação da UE, o presidente cúpula, o presidente do Conselho da UE, Herman Van Rompuy, disse:
"Outras medidas dependem do desenvolvimento da situação. Não existem critérios precisos, mas posso assegurar-lhe que todo mundo está certo de que temos de agir rapidamente."
(Alastair Macdonald and Andreas Rinke)
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