A União Europeia requisitou neste sábado uma investigação independente para apurar a morte de pelo menos 42 pessoas no sul da Ucrânia depois que uma manifestação terminou com vários ativistas pró-Rússia mortos em um edifício incendiado. O confronto nas ruas entre apoiadores e detratores da Rússia na cidade portuária de Odessa, às margens do Mar Negro, que terminou com uma explosão mortal em um prédio de sindicato, foi considerado de longe o mais grave incidente ocorrido na Ucrânia desde as revoltas de fevereiro que terminaram com o presidente pró-Rússia deixando o país. A chefe de Relações Exteriores da UE, Catherine Aston, disse que a União Europeia está "profundamente triste com as diversas mortes e feridos nos eventos de ontem em Odessa". "Os fatos que levaram a essa trágica perda de tantas vidas humanas devem agora ser apurados em uma investigação independente e que os responsáveis por esses crimes sejam levados à Justiça", afirmou em comunicado. O Kremlin, que mobilizou dezenas de milhares de soldados na fronteira oriental da Ucrânia e defende o direito de invadir o país para proteger os ativistas pró-Rússia, afirmou que o governo de Kiev e seus aliados no Ocidente foram responsáveis pelas mortes. Kiev, por sua vez, afirmou que a violência foi provocada por manifestantes estrangeiros enviados da Trandsniestria, uma região rebelde da Moldávia, onde Moscou mantém tropas militares. (Por Adrian Croft)