01 de janeiro de 2014 | 14h46
A partir deste 1o de janeiro, sete anos após seus países entrarem na UE, búlgaros e romenos estão livres para viver e trabalhar em qualquer parte do bloco de 28 nações sem ter que solicitar permissões de trabalho.
A mudança, longamente planejada, deixou alarmados países mais ricos da UE, onde políticos de direita e veículos da mídia estão dizendo às pessoas para se preparar para uma enxurrada de europeus do sul que poderiam tomar vagas de trabalho dos locais, sobrecarregar serviços públicos e aproveitar-se do estado do bem estar social.
"Benefícios da Grã-Bretanha, aí vamos nós! O medo com o início do fluxo de imigração", diz uma manchete na capa do tabloide Daily Express nesta quarta-feira.
Antes das eleições para o Parlamento Europeu em maio, os temores favorecem o discurso de partidos de direita como o francês Frente Nacional, o holandês Partido da Liberdade e o britânico Partido da Independência da Grã-Bretanha.
Buscando acalmar o debate, o comissário do emprego da UE, Lazlo Andor, disse que já há mais de 3 milhões de búlgaros e romenos vivendo em outros países do bloco, acrescentando que o fim das restrições não deve levar a qualquer aumento.
"Acredito firmemente que restringir o livre movimento de trabalhadores europeus não é a solução para o alto desemprego ou para a crise", disse.
(Reportagem adicional de Estelle Shirbon)
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