
02 de janeiro de 2012 | 19h42
Uma desaceleração, porém, está à vista, afirmou uma associação comercial de champanhe nesta segunda-feira.
O Comite Interprofessionel des Vins de Champagne (CIVC) estimou que cerca de 330 milhões de garrafas da bebida foram despachadas em 2011, quando os preços avançaram de 3 a 5 por cento, em média. Tal performance levaria as vendas próximas ao recorde do setor, registrado em 2007, quando 339 milhões de garrafas foram vendidas e a receita chegou a 4,5 bilhões de euros (5,84 bilhões de dólares).
"O ano de 2011 foi bom, e deu continuidade à recuperação ocorrida em 2010 após dois anos de forte queda", disse o porta-voz da CIVC Thibaut Le Mailloux.
As vendas de champanhe em 2010 subiram quase 9 por cento, recuperando-se de um declínio de 5 por cento em 2008 e de uma queda de 9 por cento em 2009.
A CIVC, que deve divulgar os dados consolidados nas próximas semanas, espera que as vendas cresçam 2 por cento anualmente nos próximos três anos, conforme a crise econômica na Europa pressiona para baixo os gastos do consumidor.
A associação comercial espera que as vendas na França permaneçam estáveis neste ano. Na Grã-Bretanha, maior mercado de exportação de champanhe, a demanda deve despencar com o aperto dos orçamentos domésticos devido a medidas de austeridade governamentais.
Contudo, a crescente demanda nos Estados Unidos, segundo maior mercado de exportação de champanhe, assim como a de países emergentes como China e Brasil, deve ajudar a compensar a lentidão na Europa.
(Reportagem de Pascale Denis)
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