A coalizão da primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Timoshenko, anunciou nesta terça-feira, 9, que vai à Justiça impugnar os resultados do segundo turno das eleições presidenciais, que, segundo dados preliminares, foram vencidas pelo opositor Viktor Yanukovich.
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"Nunca reconhecerei a legitimidade da vitória de Yanukovich com uma eleição semelhante", declarou Yulia durante a reunião de seu partido na qual foi decidido que os resultados seriam formalmente contestados, segundo o diário Ukrainska Pravda.
"Na noite de segunda foi tomada a decisão de impugnar os resultados por colégios eleitorais, após a exigência de uma apuração por circunscrições. Se os tribunais nos derem razão, questionaremos os resultados gerais das eleições", declarou à agência Unian a número dois da aliança governista, a deputada Elena Shestik.
Segundo a legisladora, a possibilidade de os resultados de muitos colégios eleitorais serem impugnados é grande, já que há provas de irregularidades. Shestik disse ainda que muitos eleitores, sobretudo no leste país, o reduto eleitoral de Yanukovich, votaram sem apresentar o título.
Mas apesar dos esforços para mudar o resultado do pleito, a deputada admitiu que a recontagem dos votos em algumas circunscrições não necessariamente significará a repetição do segundo turno das eleições presidenciais.
De acordo com a Comissão Eleitoral Central, apurados 99,94% dos votos, Yanukovich (48,94%) liderava a disputa pela Presidência, seguido de perto de Timoshenko (45,48%).
Apesar dos protestos da premiê, a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), considerou que as eleições do último domingo foram "transparentes e honestas".