Chanceleres da Colômbia e Venezuela se reúnem em busca de aproximação

As ministras se encontraram em Quito para discutir a crise na fronteira entre os dois países; objetivo é tentar programar um encontro entre os presidentes

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QUITO - A chanceler da Colômbia, María Ángela Holguín, e a da Venezuela, Delcy Rodríguez, iniciaram neste sábado, 12, uma reunião bilateral, em Quito, para disutir a crise surgida na fronteira entre ambos países. María Ángela e Delcy chegaram à chancelaria equatoriana e foram recebidas pelos colegas do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, e do Equador, Ricardo Patiño, em representação dos países que exercem a presidência temporária da União das Nações Sul-americanas (Unasul) e da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), respectivamente.

Após breves declarações nas quais coincidiram na disposição ao diálogo, os quatro chanceleres se reuniram a portas fechadas em um escritório do ministério, onde conversarão em privado sobre os diferentes aspectos da polêmica binacional. Com esta reunião as chanceleres procuram iniciar um diálogo como um passo prévio a uma eventual reunião dos líderes da Colômbia, Juan Manuel Santos, e Venezuela, Nicolás Maduro.

Da esquerda para a direita os chanceleres da Venezuela, Delcy Rodriguez, do Equador, Ricardo Patiño; da Colômbia, Maria Angela Holguin, e do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, antes de reunião em Quito Foto: AFP PHOTO / RODRIGO BUENDIA

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Este é o segundo encontro das chanceleres desde que começou a crise, em 19 de agosto, pela ordem do presidente Maduro de fechar a principal passagem fronteiriça entre os dois países, seguida pela expulsão de colombianos. Nessa reunião, realizada na cidade caribenha de Cartagena no dia 26, as ministras não chegaram a um acordo nos assuntos fundamentais para a reabertura da fronteira e, segundo revelou María Ángela, o encontro foi marcado pela tensão.

Mais de 21 mil colombianos foram expulsos ou deixaram a Venezuela desde o início desta crise, revelou o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA). Rafael Correa, presidente do Equador, país anfitrião da reunião, mostrou esperança de que a reunião das duas chanceleres em Quito "seja o episódio definitivo para superar este lamentável conflito que surgiu entre Venezuela e Colômbia".

Patiño disse hoje à imprensa que têm muito otimismo nos resultados da reunião na capital equatoriana. "Temos muito otimismo, muita esperança nos resultados desta reunião. Talvez não seja a única, talvez seja necessária outra, não sabemos, isso dependerá de como avançarem as conversas hoje", comentou Patiño.

O chanceler equatoriano disse ter "esperança de que alcançaremos definitivamente alguns acordos básicos que facilitem, que favoreçam, um nível de maior diálogo, de um diálogo permanente entre os dois países irmãos". 

Patiño apontou que se da reunião de hoje sair uma data e lugar para a reunião entre Santos e Maduro, será "fantástico". "Se não, não devemos nos desesperar, é possível que necessitemos de alguma outra reunião para alcançarmos esse resultado", recalcou. / EFE

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