
26 de junho de 2015 | 16h46
CIDADE DO VATICANO - O Vaticano e a Palestina assinaram nesta sexta-feira, 26, um acordo histórico sobre os direitos da Igreja Católica nos territórios palestinos. A preparação do texto por uma comissão bilateral levou 15 anos. Embora o Vaticano se refira ao "Estado da Palestina" desde o início de 2013, os palestinos consideram que a assinatura do acordo equivale a um reconhecimento de fato de seu Estado.
Israel criticou a assinatura do acordo e advertiu que o mesmo pode ser nocivio para os esforços de paz na região. O Ministério israelense das Relações Exteriores "lamentou a decisão do Vaticano de reconhecer oficialmente a Autoridade Palestina como um Estado no acordo assinado hoje (ontem)", afirmou, por meio de comunicado, o porta-voz da chancelaria, Emmanuel Nahshon.
Blog: Vaticano mais próximo da Palestina
O acordo foi assinado no palácio pontifício pelo secretário para as Relações com os Estados (ministro das Relações Exteriores), pelo prelado britânico Paul Richard Gallagher e pelo ministro palestino de Relações Exteriores, Riyad al-Maliki.
Ele expressa o apoio do Vaticano a uma solução "do conflito entre israelenses e palestinos no âmbito da fórmula de dois Estados", havia explicado em maio o monsenhor Antoine Camilleri, chefe da delegação da Santa Sé.
Para a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), o acordo converte o Vaticano no 136º país a reconhecer o Estado da Palestina. A Santa Sé tem relações com Israel desde 1993. Negocia desde 1999 um acordo sobre os direitos jurídicos e patrimoniais das congregações católicas no Estado hebreu, mas cada reunião semestral terminado com um fracasso. / AFP
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