19 de outubro de 2010 | 13h57
Grande parte dos escombros ainda não foi removida. Foto: Ramon Espinosa/AP - 16/10/2010
SÃO PAULO - Nove meses depois do terremoto que destruiu o país, cerca de 1,3 milhão de pessoas ainda vive em acampamentos temporários no Haiti, disse o enviado independente da ONU para desabrigados, Walter Kaelin, nesta terça-feira, 19. O país tem 8 milhões de habitantes, 3 milhões deles na capital, Porto Príncipe.
"A crise humanitária do país ainda é profunda", disse Kaelin, em comunicado divulgado pelo comitê de Direitos Humanos da ONU. Segundo o enviado, o governo haitiano precisa implementar um plano para reconstruir as moradias destruídas no terremoto.
"Os desabrigados tem necessidades específicas, especialmente de abrigo", afirmou. O acesso à saúde, água, saneamento e educação também é precário.
Ainda de acordo com o enviado, a segurança dos desabrigados também preocupa. 'O estupro é um problema sério dentro e fora dos acampamentos", acrescentou.
A temporada de chuvas no país também complica a situação dos desabrigados. Ao menos dez pessoas morreram soterradas no final de semana. Desde o começo do mês, as chuvas já mataram 23 haitianos.
O país foi devastado em 12 de janeiro por um terremoto de magnitude 7 que deixou 300 mil mortos.
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