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100 britânicos morreram nos EUA, diz Blair

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro Tony Blair disse hoje, durante uma reunião de seu gabinete que foi marcada por um tom de extrema seriedade, que pelo menos cem cidadãos britânicos morreram durante os ataques nos Estados Unidos. Mas o ministro das Relações Exteriores, Jack Straw, alertou que o total de britânicos mortos poderá subir para quinhentos ou até mais. "A tragédia nos Estados Unidos vai afetar todas as comunidades de nosso país" disse Blair, através de um porta-voz. A Scotland Yard está coodenando os esforços para tentar localizar os britânicos desaparecidos após os incidentes. Segundo Straw, ainda há um grande número de pessoas que ainda não conseguiram localizar seus familiares nos Estados Unidos. Entre as vítimas britânicas, algumas estavam à bordo dos aviões seqüestrados pelos terroristas. Uma empresa britânica estava realizando uma conferência com 180 pessoas no World Trade Center no momento das explosões. Centenas de britânicos trabalhavam nos bancos que ficavam no WTC. É prática muito comum entre as principais instituiçòes financeiras internacionais a transferência temporária de seus funcionários entre Nova York e Londres. O ambiente hoje na City londrina ainda é de pesar e perplexidade. Vários corretores e analistas não conseguiram estabelecer contatos com colegas nos Estados Unidos com que negociavam ao longo de todo o dia. "Eu estava no meio de uma transação com um colega, com quem falava trezentas vezes por dia, quando ele sumiu da linha", disse à Agência Estado um corretor para mercados emergentes. "Desde então, não tive nenhuma notícia nem dele e nem de vários outros amigos." O espaço aéreo sobre o centro de Londres continua fechado para aviões comerciais. Os aeroportos do país também permanecem em alerta máximo de segurança. Dezenas de milhares de pessoas aguardam na capital britânica o reinício dos vôos para os Estados Unidos, previsto para esta tarde.

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