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29 jornalistas foram assassinados na América em 2018

Segundo Sociedade Interamericana de Imprensa, crimes são culminar de violência contra profissionais, que também sofrem ameaças e violência física

Atualização:

MIAMI - Entre janeiro e outubro de 2018, 29 jornalistas foram assassinados em todo o continente americano, registrando uma das taxas mais altas na história recente. O México foi o país com o maior número de vítimas - 11, seguido por 6 mortes nos Estados Unidos, 4 no Brasil, 3 no Equador, 2 na Guatemala e 1 na Nicarágua. Além disso, um jornalista haitiano está desaparecido. A violência contra os profissionais da imprensa é uma preocupação da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que abordará a questão com profundidade durante sua assembleia-geral neste mês de outubro, em Salta, na Argentina.

Amigos e colegas de trabalho dos jornalistas equatorianos sequestrados na fronteira do país com a Colômbia protestam em frente ao Palácio do Governo de Quito, em abril de 2018 Foto: EFE/José Jácome

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"O assassinato é o culminar dos atos de violência contra a imprensa, que em muitas ocasiões começa com ameaças e agressões físicas", disse o presidente da SIP, Gustavo Mohme, assegurando que a proteção dos jornalistas e a resolução judicial dos casos de violência são assuntos de alta prioridade para a organização.

Mohme, diretor do jornal peruano La República, acrescentou "que a impunidade que geralmente cerca as agressões e os assassinatos em mais de 90% dos casos agrava a sensação de desproteção dos jornalistas, mais ainda se trabalham no interior dos países". Para ele, a maneira de reduzir tal impunidade é através de“investigações rápidas, independentes, exaustivas e técnicas”.

A violência contra os profissionais da imprensaé uma preocupação daSociedade Interamericana de Imprensa Foto: AP/ A.M. Ahad)

O presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação e diretor do jornal mexicano La Silla Rota, Roberto Rock, disse que a SIP vem pedindo aos governos que forneçam garantias para o exercício seguro do jornalismo e atendam às denúncias de ameaças. “Tal como assinala a Declaração Chapultepec, 'o assassinato, a intimidação, a violência de qualquer tipo e a impunidade dos agressores restringem severamente a liberdade de expressão e de imprensa'”, declarou.

Segundo as informações compiladas pela SIP, os 29 assassinatos de jornalistas correspondem aos nomes de:

México: Mario Leonel Gómez Sánchez, Rodolfo García González, Rubén Pat Cauich, Luis Pérez García, José Guadalupe Chan Dzib, María del Sol Cruz Jarquín, Héctor González Antonio, Juan Carlos Huerta, Pamela Montenegro del Real, Leobardo Vazquez Atzin, Carlos Dominguez;

Brasil: Rob Hiaasen, Wendi Winters, Gerald Fischman, John McNamara, Rebecca Smith, Zachary Stoner, dos Estados Unidos; Marlon de Carvalho Araújo, Jairo Sousa, Jefferson Pureza Lopes, Ueliton Bayer Brizon;

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Equador: Javier Ortega, Paúl Rivas, Efraín Segarra

Colômbia: Jairo Alberto Calderón Plaza, Valentín Rúa Tezada

Guatemala: Laurent Ángel Castillo Cifuentes, Luis Alfredo de León Miranda

Nicarágua: Ángel Gahona

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