
19 de agosto de 2011 | 19h50
NOVA YORK - Mais de 300 mil crianças que vivem no Chifre da África sofrem de desnutrição aguda e "correm o risco iminente de morrer" por causa da seca e da fome que afligem a região, advertiu nesta sexta-feira, 19, o diretor-executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Anthony Lake.
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De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), dezenas de milhares de pessoas já morreram por conta da fome na Somália, no Quênia, na Etiópia, na Eritreia e no Djibuti e mais de 12 milhões de pessoas carecem de ajuda alimentar emergencial para sobreviver.
Lake enfatizou nesta sexta a jornalistas que "a crise no Chifre da África é um desastre humano que está se transformando em uma catástrofe humana".
Somente na Somália, a fome afeta diretamente 1,4 milhão de crianças, das quais 390 mil estão desnutridas e quase 140 mil correm risco iminente de morte por conta da desnutrição aguda.
De acordo com a ONU, a atual seca que atinge a região é a pior dos últimos 60 anos. Dirigentes do órgão e de várias ONGs de ajuda humanitária já avisaram que se medidas urgentes não forem tomadas, a crise pode se espalhar para o resto do país e colocar ainda mais vidas em risco.
Ainda de acordo com a entidade internacional, 3,2 milhões de pessoas - de uma população total de 7,5 milhões - precisam de ajuda imediata para sobreviver somente na Somália. As informações são da Associated Press.
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