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31 detidos em ofensiva americana no Iraque

Ataques ocorreram na região de Samara, principal foco da insurgência iraquiana

Por Agencia Estado
Atualização:

Dezenas de pessoas foram detidas no primeiro dia da "Operação Enxame", a maior campanha aérea iraquiano-americana contra o levante de insurgentes desde a invasão do Iraque. Nas primeiras horas da ofensiva, que começou ontem e se desenvolve em torno da cidade de Samara, a 125 quilômetros ao norte de Bagdá, foram presos dezenas de manifestantes e encontrados depósitos de armas. Segundo fontes do Ministério da Defesa iraquiana citadas pela rede Al Iraqiya, as forças de segurança detiveram 48 pessoas, mas colocaram 17 em liberdade após verificaren que algumas não tinham relação com os grupos rebeldes. A ofensiva contou com a presença de mais de 1.500 soldados americanos e iraquianos e tem o objetivo de exterminar os grupos de rebeldes nas proximidades de Samara, onde a insurgência sunita é mais ativa. O comando militar americano afirmou que os armazéns de armas encontrados contêm projéteis, armas brancas e artefatos explosivos, além de indumentária militar. O Ministro da Segurança Nacional iraquiana, Abdel Karim Al Anzi, explicou que a operação começou depois que as forças iraquianas e as tropas americanas conseguiram informações de inteligência sobre células terroristas que se concentram nas cercanias das cidades do norte da capital. "As células terroristas usam esses acampamentos como centros de onde são lançados atentados com carros-bomba e artefatos explosivos", disse o ministro. De acordo com o jornalista local Abdel Samie Al Samarraí, as tropas americanas barraram a estrada que leva à cidade de Al Dur e deixaram abertas as do sul. Samarra fica no sudoeste da província de Salah El Din, onde ocorreu o atentado contra um santuário xiita, um dos quatro mais importantes para esta comunidade religiosa, no dia 22 de fevereiro. A explosão, que destruiu a cúpula dourada do templo do imame Ali Al Mahdi, foi seguida por uma onda de violência sectária, que deixou dezenas de mortos, na maioria sunitas. Uma jornalista do canal de televisão Al Arabiya também foi assassinada na mesma região no mês passado.

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