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350 mil iraquianos já deixaram suas casas, diz ONU

Por Agencia Estado
Atualização:

Agências humanitárias da ONU e organizações não-governamentais (ongs) alertam que o número de iraquianos que estão deixando suas casas fugindo das bombas aumentou de forma significativa desde os ataques de sexta-feira e de sábado. Segundo ongs turcas e funcionários da ONU que estão em algumas das principais cidades do Iraque, mais de 350 mil pessoas já abandonaram suas residências e estão agora com parentes em regiões menos visadas. Somente das cidades de Kirkuk, Mosul e Erbil, 45 mil pessoas abandonaram suas casas e se dirigiram para o norte do país. A informação é da Fundação para o Desenvolvimento e Assistência Humanitária, ong que há dez anos está no Iraque e que trabalha em cooperação com a ONU. A Cruz Vermelha informa que, durante todo o dia de hoje, visitou hospitais em Bagdá e concluiu que há "centenas" de civis feridos por causa dos ataques da madrugada de sexta-feira para sábado. O governo iraquiano divulgou hoje que três pessoas morreram e outras 207 ficaram feridas pelos ataques. Tanto os assessores da Cruz Vermelha em Genebra como os da ONU não confirmaram o número. Tanto o governo dos Estados Unidos como o do Iraque parecem estar querendo passar uma imagem diferente do que está ocorrendo. Bagdá, para tentar mostrar o poder resistência de seu povo, afirma que não existem refugiados e que o número de vítimas civis cresce a cada hora. Já a Casa Branca prefere apontar que uma parcela pequena da população deixou suas casas, para tentar convencer que a guerra não está atingindo a população civil. A ONU considera como "refugiados" pessoas que deixam seus países em situações de guerra ou extrema penúria; no caso desses 350 mil iraquianos que tiveram que abandonar suas casas, o termo usado pelas Nações Unidos e pelas ongs de assistência humanitária é "deslocados". Veja o especial :

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