BRUXELAS - Quarenta e cinco jornalistas e profissionais da imprensa foram assassinados em todo o mundo em 2021, informou ontem a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ). O saldo é parecido com o relatado pela ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que apontou 46 mortes.
“Este número representa um dos menores registros desde que a FIP começou a publicar relatórios anuais sobre jornalistas mortos em incidentes relacionados ao trabalho, incluindo assassinatos seletivos, fogo cruzado e bombardeios”, disse a entidade, em comunicado. O país que mais registrou mortes foi o Afeganistão, com 9 assassinatos, seguido de México (8), Índia (4) e Paquistão (3).
De acordo com a FIJ, os riscos associados à cobertura jornalística de conflitos armados “diminuíram nos últimos anos em razão da baixa exposição dos profissionais de mídia, que têm feito cada vez menos trabalhos em áreas de risco”.
No entanto, a organização afirma que “as ameaças ligadas ao domínio de gangues criminosas, grupos armados e cartéis de drogas, das favelas do México às ruas de cidades europeias, como na Grécia e na Holanda, continuam aumentando”. / AFP