Três dias de choques entre forças de segurança e milicianos islâmicos no noroeste do Paquistão resultaram na morte de 62 pessoas, sendo 56 supostos rebeldes e seis soldados, informou nesta terça-feira o Exército paquistanês. Não havia meio de confirmar de forma independente a quantidade e a origem das vítimas pelo fato de ser proibido o acesso de jornalistas à região afetada, situada nas proximidades da fronteira com o Afeganistão.
De acordo com o Exército, o grosso das mortes ocorreu entre o domingo e a segunda-feira em Maidan, perto do Vale do Swat. Mais de 50 milicianos morreram nesses dois dias. O Exército paquistanês promove atualmente uma campanha contra milicianos islâmicos ligados ao Taleban no noroeste de seu território. O Paquistão afirma ter matado mais de 1.700 supostos milicianos, mas não fornece cifras referentes a civis possivelmente mortos na operação.
Na segunda-feira, o Exército afirmou que diferentes confrontos deixaram 20 mortos, incluindo um oficial. Os combates mais intensos foram registrados no Vale do Swat, onde os militares afirmaram que 12 supostos insurgentes morreram. A violência mostra que a segurança ainda é frágil no noroeste do país, para onde milhares de refugiados voltaram como parte do programa do governo para o retorno dos cerca de 2 milhões de deslocados pela campanha militar.
As forças armadas paquistanesas preparam uma ofensiva similar na região tribal do Waziristão do Sul, comandada pelo líder do Taleban no Paquistão, Baitullah Mehsud. Os Estados Unidos apoiam as operações, dizendo que Islamabad deve eliminar os abrigos dos extremistas para garantir a estabilidade do próprio país e reduzir a ameaça que os insurgentes representam para as tropas ocidentais e afegãs no país vizinho.