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A conexão portuguesa do Estado Islâmico

De Portugal, suspeitos circulavam livremente pela Europa, sem despertar suspeitas

Por Helio Gurovitz
Atualização:

Brasileiros têm buscado Portugal como refúgio europeu livre do terrorismo. Embora o país tenha até agora passado ileso a atentados, já foi usado como base pela organização terrorista basca ETA. Mais recentemente, veio à tona uma preocupante conexão portuguesa do Estado Islâmico (EI).

Dois imigrantes marroquinos radicados em Aveiro, Hicham el-Hanafi e Abdesselam Tazi, articulavam a célula terrorista que planejava um novo ataque em Paris, desbaratada pela polícia francesa nas cidades de Estrasburgo e Marselha, em novembro de 2016. Ambos haviam entrado em Portugal legalmente, reivindicando status de refugiados políticos.

Abu Bakr al-Baghdadi, líder do grupo jihadista Estado Islâmico, já foi dado como morto diversas vezes Foto: AP

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Para financiar o terror, assumiram 47 identidades e obtiveram € 73 mil em fraudes de cartão de crédito. Comunicavam-se por aplicativos seguros, como Telegram e Threema. As instruções sobre o alvo em Paris foram enviadas em um pen drive, com um discurso do líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi.

A Justiça portuguesa arquivou as acusações de terrorismo contra Tazi, mas o manteve preso por crimes financeiros. El-Hanafi aguarda julgamento. “O caso ilustra o risco de jihadistas manipularem as leis europeias de asilo para entrar na Europa posando de refugiados políticos”, escreve na edição deste mês da CTC Sentinel Nuno Tiago Pinto, autor da reportagem original na revista portuguesa Sábado. De Portugal, os dois circulavam livremente pela Europa, sem despertar suspeitas. Tazi viajou até à América Latina e, entre outros países, visitou o Brasil.

EUA - Candidato supervisionou a própria eleição

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Secretário de Estado da Geórgia, o republicano Brian Kemp foi eleito governador por vantagem ínfima, pouco mais de 63 mil votos sobre a democrata Stacey Abrams. Responsável pela supervisão das próprias eleições que venceu, Kemp adotou medidas que resultaram no cancelamento do registro de mais de 1,5 milhão de eleitores desde 2016, ou 10,6% do eleitorado – a maioria negros, latinos ou cidadãos naturalizados. Também fechou 214 centros de votação em bairros pobres. Para o ex-presidente (e ex-governador da Geórgia) Jimmy Carter, Kemp tinha um conflito de interesses evidente. “O processo eleitoral precisa ser gerido por uma autoridade independente e imparcial”, disse.

ELEIÇÃO - Dinheiro fez diferença para eleger senadores?

O Center for Public Integrity usou dados coletados pelo Center for Responsive Politics para investigar as disputas eleitorais americanas em que ter mais dinheiro na campanha funcionou – e aquelas em que não fez diferença. Os principais resultados para o Senado estão na tabela:

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IMPRENSA - A reação olímpica de Jeff Bezos a Donald Trump

Atacada com frequência por Donald Trump no Twitter, a Amazon, do bilionário Jeff Bezos, emitiu um memorando interno a sua equipe de comunicação sobre como reagir, revelou o site The Information. Entre as dicas: não entrar em pânico, não dar a entender que houve mudanças por causa dos tuítes presidenciais, nem falar mal do governo Trump; responder com cortesia e dizer que a relação com a Casa Branca continua produtiva. Bezos também é dono do Washington Post, jornal atacado com frequência por Trump. “Defendo o Post”, disse ele, instado a reagir às provocações de Trump. “Não vejo necessidade de defender a Amazon.” A imprensa tem muito a aprender com Bezos.

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Jeff Bezos, fundador da Amazon Foto: Lindsey Wasson/Reuters

ARTE - Retrospectiva de Warhol reúne 350 obras em NY

Estreia amanhã no Whitney Museum, em Nova York, a primeira retrospectiva do artista plástico Andy Warhol no seu próprio país em 29 anos. Entre 350 obras, o destaque é a série de quadros com 32 variedades de sopa Campbell’s, que fez sua fama em 1962. A ideia foi dada por uma amiga ao ver Warhol frustrado. Ele se dedicara a pinturas baseadas em histórias em quadrinhos, mas Roy Lichtenstein lançara as suas primeiro.

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117 dos 168 acusados de envolvimento com o Estado Islâmico nos EUA desde 2014 foram consideradas culpados, segundo levantamento da George Washington University

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