A cronologia do estado de emergência no Paquistão

Presidente declarou estado de emergência no dia 3 de novembro, alegando risco à segurança

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Atualização:

Veja os principais eventos que precederam a declaração de estado de emergência pelo presidente Pervez Musharraf no Paquistão, no dia 3 de novembro.   9 de março - Presidente paquistanês, Pervez Musharraf, suspende o presidente da Suprema Corte, Iftikhar Chaudhry, sob alegação de conduta imprópria. Juristas unem-se a favor de Chaudhry, um crítico do presidente, e a popularidade de Musharraf cai em meio a crescentes manifestações por democracia   10 de julho - Após um cerco militar de dez dias, Musharraf ordena a invasão da Mesquita Vermelha, em Islamabad, para conter radicais islâmicos que usavam o local como base. Pelo menos 105 pessoas são mortas. A ação é seguida por uma onda de atentados a bomba   20 de julho - A Suprema Corte reintegra o juiz Iftikhar Chaudhry, abalando a autoridade de Musharraf   27 de julho - Musharraf se encontra com a exilada ex-premiê Benazir Bhutto em Abu Dabi para discutir como conduzir o país até a democracia. Bhutto exige que o presidente deixe o posto de chefe do Exército. As conversas são inconclusivas   10 de setembro - Nawaz Sharif, o primeiro-ministro que Musharraf depôs e forçou ao exílio há oito anos, é detido no aeroporto de Islamabad quando voltava ao país e é enviado para a Arábia Saudita. A Suprema Corte, que havia possibilitado a volta de Sharif, abre ações contra o governo por ter desrespeitado sua decisão   2 de outubro - Musharraf designa o ex-diretor-geral do serviço secreto como seu sucessor para o cargo de chefe do Exército. Governo anuncia que está retirando as acusações de corrupção contra Bhutto, abrindo caminho para que a ex-primeira-ministra retorne do exílio   18 de outubro - Bhutto retorna ao Paquistão após oito anos no exílio, e sua comitiva é alvo de um atentado terrorista. Dezenas de pessoas morrem no ataque   3 de novembro - Alegando o acirramento dos conflitos entre as forças de segurança e militantes islâmicos nas regiões tribais do noroeste do Paquistão e a interferência do Judiciário em assuntos do Executivo, Musharraf declara estado de emergência e suspende a Constituição paquistanesa. A manobra é largamente vista como uma tentativa do presidente em barrar uma decisão da Suprema Corte que julgaria se a acumulação de cargos de presidente e chefe do Exército por Musharraf é constitucional. Presidente do tribunal, Iftikhar Chaudhry, é deposto pela segunda vez em oito meses

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