Relutante em se manifestar sobre o relatório da agência que colheu indícios da atividade nuclear iraniana, o Brasil considerou que a resolução pode ser um bom passo diplomático para uma solução pacífica do caso. O texto é mais brando do que gostariam europeus e israelenses, mas atende às preocupações de Rússia e China - e também do Brasil - de não pressionar demasiadamente o governo de Mahmoud Ahmadinejad a ponto de emperrar possíveis negociações. Em entrevista recente no Itamaraty, o ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, defendeu o diálogo e a diplomacia para lidar com o Irã, mesmo diante das novas evidências, e deixou claro que o Brasil prefere trabalhar com as Nações Unidas. / LISANDRA PARAGUASSU