A refeição frustrada pelo desentendimento entre Kim e Trump

Chefs internacionais tinham tudo pronto para servir almoço de peixe-carvão com ginseng para os dois líderes no Vietnã

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

HANÓI - O presidente americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un deveriam compartilhar uma delicada refeição, servida de foie gras, peixe-carvão e ginseng, preparado por chefs norte-coreanos e ocidentais, no segundo dia de cúpula entre os dois países. Mas esse almoço nunca foi servido. Enquanto os cozinheiros preparavam os últimos detalhes de suas criações, a Casa Branca anunciou que Trump estava deixando o Hotel Metropole, em Hanói, no Vietnã sem acordo e sem comida. 

“Foi realmente um cancelamento no último minuto”, disse uma fonte do cerimonial. “Estava tudo pronto.”

Almoço preparado para Donald Trump e Kim Jong-un em Hanói Foto: Doug Mills/The New York Times

PUBLICIDADE

Foi o momento final de uma cúpula que tinha como objetivo desmantelar o programa nuclear norte-coreano e abrir caminho para uma resolução final para a Guerra da Coreia (1950-1953). Horas antes, ambos os líderes se diziam otimistas sobre um progresso nas negociações. 

No hotel, situado no bairro francês de Hanói, o clima era de otimismo. Na quarta-feira, serviços de segurança dos Estados Unidos e da Coreia do Norte dividiram a vigilância das salas exclusivas do evento, educadamente abrindo portas uns aos outros. Nas preparações para as reuniões de alto nível, houve conversas amigáveis entre os dois cerimoniais, sobre o cenário do encontro. 

O clima no hotel, no entanto, mudou logo depois do almoço. Depois de um começo promissor, quando Kim respondeu pela primeira vez uma pergunta da imprensa internacional, tanto Kim quanto Trump pareciam otimistas com a certeza de que haveria um acordo, o que acabou não acontecendo. 

Depois que as comitivas levaram Trump e Kim para lados opostos do hotel, a vida voltou ao normal. Enquanto tomava cervejas com o marido no restaurante do Metropole, a turista americana Cynthia Pagano, lamentou que não haveria novos encontros entre os dois. “Estávamos empolgados de testemunhar um momento histórico”, disse. 

O quarto onde Trump e Kim apertaram as mãos e conversaram com a imprensa já estava esvaziada, mas as bandeiras dos dois países ainda estavam hasteadas. Não se sabe o que aconteceu com o peixe preparado para o almoço. “É uma pena”, resumiu uma fonte. “É um prato fantástico.” / REUTERS

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.