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A sobrevida nefasta do Estado Islâmico

Empresas digitais não se deram conta do volume de pregação da ideologia do grupo em redes sociais

Por Helio Gurovitz
Atualização:

O atentado inspirado pelo Estado Islâmico (EI) em Manhattan demonstra que a reconquista de território na Síria e no Iraque não eliminou a ameaça. Dois fatores permitem antever novas tragédias nos próximos meses:

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1) A pregação da ideologia apocalíptica e mortífera do EI segue solta pelas redes sociais, sem que as empresas digitais se deem conta de seu papel para conter a ameaça. No dia do ataque, era possível acessar na web um vídeo do EI com instruções sobre como atropelar multidões. Um levantamento do Counter Extremism Project (CEP) revela a persistência no YouTube de vídeos jihadistas. “Já passou da hora de as empresas de tecnologia levarem a sério a ameaça do conteúdo terrorista”, diz Mark Wallace, presidente do CEP.

2) A força do EI será amplificada no Ocidente pelo retorno de jihadistas que foram combater no Iraque e na Síria. Um estudo do Soufan Group divulgado na semana anterior ao ataque revela que pelo menos 5.600 cidadãos de 33 países já voltaram para casa depois de temporadas no território controlado pelo EI. Estima-se que, ao todo, 40 mil combatentes de 110 países tenham se unido ao pretenso califado. Desse total, mais de 8.700 vieram da Rússia e de ex-repúblicas soviéticas. Só do Usbequistão, terra do atropelador de Manhattan, Sayfullo Saipov, foram mais de 1.500. O risco é que a volta desses combatentes, imbuídos de desejo de vingança, traga nova energia ao recrutamento de terroristas locais, como Saipov. “O colapso do EI apresentará uma série de desafios não menos difíceis de resolver que os criados por sua ascensão”, escreve Richard Barrett, autor do estudo.

Tiroteio em Nova York Foto: Martin Speechley/ NYPD via AP

Alto custo da universidade gratuita Para atrair o voto dos pobres, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, prometeu em 2014 universidades gratuitas até 2020. A medida teria o efeito contrário do desejado, afirma um novo estudo do economista Alonso Bucarey, do Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT). A gratuidade, segundo ele, atrairia privilegiados na competição pelas vagas e causaria queda de 20% na matrícula dos mais pobres. É o que ocorre no Brasil, onde universidade gratuitas servem sobretudo à classe alta.Flexibilidade não prejudica motorista do Uber Dois cientistas do Uber e um pesquisador da Universidade de Nova York estudaram a remuneração dos motoristas em 43 cidades americanas ao longo de 105 semanas. Conclusão: quando as tarifas sobem, os motoristas trabalham menos horas e acabam, paradoxalmente, faturando menos. O equilíbrio natural entre preço e horas mantém os ganhos constantes.<EM><QA0>Prostituição legal reduz crimes sexuais O estabelecimento de zonas de prostituição legalizada na Holanda reduziu entre 30% e 40% a ocorrência de estupros e abusos sexuais nos primeiros dois anos, segundo um estudo de 25 cidades entre 1994 e 2011, publicado no American Economic Journal. Outro estudo, de 2014, já verificara queda de 31% nos estupros e 39% na incidência de gonorreia em Rhode Island, depois da legalização dos prostíbulos em 2003. No ano passado, pesquisa semelhante em Nova York detectou redução em crimes sexuais, mas não em outros crimes.

Uma ducha pelo preço de um iPhone Um chuveiro que custa US$ 649, quase tanto quanto um iPhone 8, é a nova sensação do Vale do Silício. A Nebia, empresa de São Francisco que recebeu investimentos de Tim Cook (Apple) e Eric Schmidt (Google), afirma oferecer “um novo tipo de experiência de chuveiro”. A água passa por um sistema que cria milhões de gotículas, cobrindo dez vezes a área de uma ducha comum. Mil pessoas, incluindo os próprios Schmidt e Cook, já testaram.

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Garfo eletrônico garante bons modos A empresa japonesa Nissin acaba de lançar um garfo eletrônico que, acoplado a um smartphone, anula o ruído irritante que sai dos lábios de quem suga um fio de macarrão da tigela. Batizado Otohiko, o aparelho será vendido no Japão por US$ 130.<EM><QA0>O Rolex milionário de Paul Newman O Rolex Daytona usado pelo ator Paul Newman foi leiloado em Nova York por US$ 17.752.500 e se tornou o relógio de pulso mais caro já vendido.