13 de dezembro de 2017 | 13h03
ANCARA - O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, acusou nesta quarta-feira, 13, o presidente americano, Donald Trump, de “ter oferecido Jerusalém de presente para o movimento sionista” e disse que os Estados Unidos não têm mais qualquer papel a desempenhar no processo de paz.
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“Jerusalém é e continuará sendo eternamente a capital do Estado da Palestina E, sem isso, não haverá paz, nem estabilidade”, declarou Abbas, em discurso na abertura de uma cúpula pan-islâmica em Istambul sobre o reconhecimento - por parte dos EUA - de Jerusalém como capital de Israel.
Abbas disse em reunião de emergência com líderes muçulmanos na Turquia que os Estados Unidos estão dando Jerusalém a Israel como se fosse uma cidade americana. “Isso cruza todas as linhas vermelhas”, disse. “Foi o maior dos crimes e uma violação flagrante da lei internacional.”
O líder palestino afirmou também que é inaceitável que os Estados Unidos tenham um papel no processo de paz do Oriente Médio uma vez que são tendenciosos a favor de Israel.
Líderes muçulmanos reunidos em Istambul pediram nesta quarta-feira que o mundo reconheça Jerusalém Oriental como capital de um Estado palestino, em resposta à decisão americana de reconhecer a cidade Santa como capital de Israel.
Reunidos em uma cúpula da Organização da Cooperação Islâmica (OCI), também chamaram a decisão do presidente americano Donald Trump de irresponsável, nula e sem valor, além de acusá-la de alimentar o extremismo e o terrorismo.
"Rejeitamos e condenamos firmemente a decisão irresponsável, ilegal e unilateral do presidente de Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como a suposta capital de Israel. Consideramos esta decisão nula e sem valor", afirmaram os líderes muçulmanos em seu comunicado final. / AFP e REUTERS
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