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Abbas diz que facções palestinas concordaram em cessar ataques contra israel

Além disso, membro do Hamas afirmou que grupo espera que Israel também pare seus ataques

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, anunciou nesta quinta-feira que chegou a um acordo com as facções palestinas para um cessar-fogo que significará a suspensão de todos os atos que podem provocar uma escalada da violência com Israel. "Na quarta-feira cheguei a um acordo com todas as facções e elas aceitaram suspender todas as ações que possam dar um pretexto a Israel para outros ataques", disse Abbas em discurso em cerimônia de graduação de membros de sua guarda pessoal. O presidente da ANP se referia aos foguetes Qassam que as milícias palestinas lançam contra o território de Israel e ao seqüestro do soldado israelense Gilad Shalit por grupos palestinos em 25 de junho. Israel respondeu a estes ataques com uma operação militar em Gaza que já dura um mês e meio, e na qual, entre outros coisas, destruiu a principal central elétrica do território e fechou fronteiras. Um oficial do alto escalão do Hamas afirmou que os líderes políticos do grupo decidiram parar de lançar mísseis na semana passada, mas eles esperam um gesto similar de Israel. "O Hamas entrou em acordo sobre um cessar-fogo unilateral. (...) É do interesse de nosso povo o fim de todas as atividades militares aqui. Caso Israel pare seus ataques, pararemos os nossos ataques também, incluindo os mísseis Qassam", informou o oficial, que não quis ser identificado A calma e a segurança são "fundamentais para a economia, para a estabilização, para a educação e para a movimentação", disse Abbas. O presidente insistiu em que os palestinos devem poder se movimentar e que para isso as fronteiras precisam estar abertas, especialmente a passagem de Rafah com o Egito. "Não podemos continuar isolados do mundo". Abbas reiterou que, por isso, é necessário resolver a questão do soldado israelense. O presidente não mencionou a idéia de uma troca do soldado por presos palestinos detidos em Israel, mas disse que os palestinos "têm 10.000 heróis nas prisões de Israel e necessitam de liberdade e segurança". A ofensiva israelense em Gaza começou quando militantes palestinos ligados ao braço armado do Hamas invadiram Israel e atacaram um posto militar, matando dois soldados e seqüestrando outro. Os milicianos na época exigiram que o Estado judeu libertasse mil mulheres e crianças aprisionadas em Israel. Porém, o governo israelense recusou-se a negociar e, sob o pretexto de reaver seu soldado e impedir os ataques de mísseis contra seu território, invadiu o território palestino. Matéria ampliada às 16h21

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