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Abbas justifica demora em libertar soldado israelense

O primeiro-ministro de Israel acusou o líder palestino de não ter cumprido acordo

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, justificou neste domingo, 25, que o atraso em conseguir a libertação do soldado israelense Gilad Shalit, seqüestrado há nove meses em Gaza por milicianos palestinos, deve-se à "responsabilidade" de não pôr sua vida em perigo. Neste domingo, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, acusou Abbas de não ter cumprido sua promessa de libertar o soldado. "Desde o primeiro dia de seu seqüestro, tentamos libertá-lo com vida. Temos a responsabilidade de mantê-lo com vida e por isso não tivemos êxito ainda", disse Abbas em entrevista coletiva na cidade cisjordaniana de Ramala ao lado da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice. Ao responder a perguntas dos jornalistas, o presidente palestino explicou que chegou a um acordo sobre uma série de "parâmetros e idéias comuns" com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, para conseguir a libertação do soldado em troca da soltura de um número indeterminado de prisioneiros palestinos. "As coisas seguem por um bom caminho", afirmou Abbas, que insistiu em que sempre que se aborda o tema da captura de Shalit deve-se lembrar dos presos palestinos. Shalit foi capturado por milicianos palestinos em 25 de junho nas cercanias da fronteira de Israel com a Faixa de Gaza. O movimento islâmico Hamas, integrante do novo governo de união nacional com o Fatah liderado por Abbas, o autodenominado Exército Islâmico e os Comitês Populares da Resistência pedem a libertação de centenas de presos palestinos em troca da soltura do soldado.

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