11 de novembro de 2010 | 17h19
"Eu agora me dirijo ao povo israelense", disse Abbas. "Eu espero que ele nos escute, aqueles que acreditam na paz, se eles existirem. Fazer um acordo de paz é mais importante que construir assentamentos", disse Abbas. "Um amplo e justo acordo de paz é mais precioso que qualquer coisa", afirmou.
Abbas alertou que a janela para um acordo de paz está se estreitando. "Nossos filhos e os filhos de vocês precisam experimentar a convivência, estabilidade, segurança mútua, com respeito mútuo, antes que a oportunidade seja desperdiçada", disse Abbas. Em Gaza, o parlamentar do Hamas, Mushir al-Masri, disse que o discurso de Abbas "é partidário e reflete o desespero, que resultou do fracasso do chamado ''processo de paz'' com Israel".
Em Gaza, onde o Hamas proibiu qualquer evento que lembre Arafat desde que tomou o poder do território, em 2007, a polícia invadiu uma casa onde duas dezenas de palestinos assistiam a um documentário sobre a vida de Arafat. Entre eles, estavam jornalistas. A polícia só liberou todos após prometerem que não assistiriam mais ao documentário e que não o exibiriam.
A Associação da Imprensa Estrangeira, que representa jornalistas que cobrem notícias em Israel e nos territórios palestinos, condenou a repressão da polícia do Hamas. "Esse é o episódio mais recente do que parece ser uma campanha sistemática do Hamas para assediar e intimidar jornalistas", disse a entidade, em comunicado. As informações são da Associated Press.
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