A situação dos dois reféns alemães seqüestrados no Iraque é desconhecida, com o fim do prazo dado por seus seqüestradores para que a Alemanha cumpra suas exigências e comece a retirada de suas tropas do Afeganistão. Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Alemanha informou nesta terça-feira, 20, que seu gabinete de crise continua trabalhando para conseguir a libertação de Hannelore Marianne Krause, de 61 anos, e seu filho Sinan, de 20. Eles foram seqüestrados há seis semanas no Iraque por uma organização até então desconhecida. Os autores do seqüestro ameaçaram assassinar a alemã, casada com um médico iraquiano e que vive no Iraque há décadas, além de seu filho. A chanceler federal alemã, Angela Merkel, reafirmou na noite de segunda-feira, 19, em Roma que a Alemanha não cederá à chantagem dos seqüestrados, mas tentará negociar a libertação dos dois reféns. "Não podemos nos deixar chantagear por gente que faz coisas tão terríveis com outras pessoas", afirmou Merkel após uma reunião com o primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi. A chanceler alemã anunciou a sua "grande preocupação" com as vítimas do seqüestro, que foram tomadas como reféns em 6 de fevereiro. Os autores do seqüestro, que se anunciaram como Brigadas das Flechas da Justiça, divulgaram na semana passada um vídeo mostrando os dois reféns implorando por sua vida.