Ação antiterror mata jihadistas brasileiros no Iêmen, diz país árabe

Segundo presidente iemenita, radicais islâmicos de Brasil, Holanda, França e Austrália foram mortos em operação do Exército contra a Al-Qaeda

PUBLICIDADE

Atualização:

SANAA - O Exército do Iêmen lançou nesta terça-feira, 29, sua maior campanha militar desde 2012 contra os redutos da rede terrorista Al-Qaeda no sul do país, onde os extremistas contam com campos de treinamento. Segundo as autoridades iemenitas, pelo menos 26 radicais foram mortos - incluindo jihadistas brasileiros que não foram identificados pelos governantes do Iêmen.

PUBLICIDADE

De acordo com os presidente iemenita, Abdu Rabo Mansur Hadi, além do Brasil, os combatentes mortos vinham de Holanda, França, Austrália e outros países, "que não aceitaram a devolução de seus corpos".

Em Brasília, o Itamaraty disse na noite desta terça não ter informações concretas sobre o assunto, acrescentando que estava investigando a informação.

O líder iemenita afirmou que "70% dos milicianos da Al-Qaeda no Iêmen são estrangeiros, por isso nunca lhes importou destruir o país", durante discurso em uma cerimônia de graduação na Academia de Polícia em Sanaa.

Os militares iemenitas têm apoio de combatentes tribais em suas operações terrestres, centradas em remotas zonas montanhosas das Províncias de Abien e Shebua, segundo funcionários do governo. Intensos ataques aéreos somam-se à campanha terrestre contra supostas bases da Al-Qaeda situadas nas regiões.

Um militar citado pela agência de notícias oficial Saba, afirmou que "a luta decisiva comçou" e "as forças de segurança não titubearão em intensificar as ações bélicas para erradicar os terroristas".

Essa ofensiva é a mais ampla desde a lançada em maio de 2012 para expulsar os membros da Al-Qaeda e de outros grupos jihadistas de várias cidades do sul do país, que os radicais tinham conquistado. As autoridades do Iêmen, a nação mais pobre da Península Arábica, contam com o apoio dos Estados Unidos.

Publicidade

As autoridades americanas acreditam que a Al-Qaeda na Península Arábica, com base no Iêmen, é um dos braços mais perigosos e ativos da rede terrorista internacional. Por esse motivo, Washington apoia o Exército iemenita com ataques de aviões não tripulados contra as supostas células da organização jihadista. A Al-Qaeda tem lançado com frequência atentados mortíferos contra as forças de segurança iemenitas - alguns deles de grande impacto -, contra instalações militares e alvos estrangeiros. / EFE. COLABOROU TÂNIA MONTEIRO

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.