Ação em Gaza foi ''guerra religiosa'', dizem capelães

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Por REUTERS
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Rabinos do Exército israelense buscaram incentivar os soldados que participavam da ofensiva contra a Faixa de Gaza, entre dezembro e janeiro, dizendo que o conflito se tratava de uma "guerra religiosa" contra não judeus. A informação foi revelada ontem pelo jornal israelense Haaretz, um dia após o diário ter publicado relatos de abusos cometidos por militares de Israel nas três semanas de ofensiva no território palestino. "A mensagem era bem clara: somos do povo judeu, viemos a essa terra por um milagre, Deus nos trouxe de volta para cá e agora devemos lutar para expulsar os não judeus", disse um comandante militar sob o pseudônimo de "Ram". O oficial contou ainda que eram distribuídos pequenos livros com salmos aos soldados que estavam ocupando casas palestinas. "Enviaram uma tonelada desses salmos, dava para encher um quarto inteiro", disse. O material fornecido pelos rabinos contrastava com a tradição laica do treinamento militar, afirmou Ram. O Exército também teria fornecido livros sobre a história da presença de Israel em Gaza.

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