
04 de novembro de 2011 | 03h02
"Estamos falando na criação de um urso ferido, algo cujas consequências seriam muito imprevisíveis", diz Malcolm Chalmers, diretor de pesquisas do Instituto Real de Serviços Unificados. Bruce Riedel, ex-analista sênior da CIA, afirma: "A sabotagem e as sanções conseguiram prejudicar substancialmente o Irã. Uma ação militar agora minaria o consenso internacional em relação ao Irã, sem cumprir nenhum objetivo substancial".
Grande parte dos analistas concorda que o Ocidente está cansado demais de guerras e demasiadamente preocupado em salvar economias em apuros para pensar em novos conflitos.
As prováveis consequências de um ataque incluiriam:
A expulsão dos inspetores da AIEA por parte do Irã e a retirada do país do Tratado de Não Proliferação Nuclear, acabando com a possibilidade de uma solução negociada para a questão.
O fim do consenso internacional sobre a questão nuclear iraniana.
O fortalecimento da linha dura iraniana.
O fechamento temporário do Golfo, que levaria a uma potencialmente catastrófica alta no preço do petróleo.
A intensificação de sentimento antiamericano nos países muçulmanos.
A perda da boa vontade árabe com o Ocidente produzida pelo apoio ocidental à primavera árabe.
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