RAWALPINDI, PAQUISTÃO - Ao menos 18 pessoas morreram nesta terça-feira, 30, com a queda de um avião do Exército paquistanês em uma área residencial da cidade de Rawalpindi, perto da capital paquistanesa, Islamabad.
"Recebemos 18 corpos, incluindo o de 13 civis e de cinco membros da tripulação. Doze pessoas ficaram feridas", disse Farooq Butt, porta-voz dos serviços de resgate.
O acidente aconteceu à noite e a região foi rapidamente isolada pelas forças de segurança, enquanto dezenas de ambulâncias circulavam pela área.
O Exército informou que o acidente envolveu um avião de instrução que realizava uma "missão de rotina", e confirmou que cinco membros da tripulação estavam a bordo, incluindo dois pilotos. Os feridos foram levados para hospitais e o incêndio foi extinto.
Destroços da aeronave, com o símbolo do Exército na parte traseira, podiam ser vistos entre dois prédios pequenos, enquanto equipes de resgate e militares isolavam a área.
"Estava dormindo e um forte barulho de explosão me acordou. Saí da minha casa e vi chamas enormes. Corremos até o local e havia pessoas gritando", disse Mohamed Sadiq, morador da região. "Os vizinhos tentaram ajudar, mas as chamas eram muito altas e o fogo, muito intenso. Não pudemos fazer nada. Entre os mortos, há sete membros de uma mesma família, e a maioria morreu por queimaduras", disse ele.
"Acordei quando o avião passou sobre o meu quarto e já estava em chamas no ar. O barulho era ensurdecedor", contou Ghulam Khan, outro morador da área. "Depois caiu sobre uma casa na qual vivia uma família."
O Paquistão registrou vários acidentes aéreos nos últimos anos, envolvendo tanto aviões como helicópteros. Em 2016, um avião da Pakistan International Airlines ficou em chamas após um dos motores entrar em pane quando viajava de uma zona remota do norte do país para Islamabad, provocando a morte de mais de 40 pessoas.
A catástrofe aérea mais fatal do Paquistão aconteceu em 2010, quando um Airbus 321, operado pela companhia Airblue, caiu nos arredores de Islamabad, matando 152 pessoas./ AFP
