27 de agosto de 2010 | 00h00
O contingente de 1.200 soldados enviado nos últimos meses aos quatro Estados da região, por exemplo, atuará apenas no auxílio aos agentes federais e de inteligência, sem poder de prisão de suspeitos ou infratores. Segundo o Washington Post, os esforços "sem precedentes" dos EUA e do México no combate ao narcotráfico e contrabando reduziram apenas em 1% a renda dos cartéis. Essas máfias movimentam entre US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões ao ano.
"Isso mostra até que ponto eles (os cartéis) vão sequestrar, aterrorizar e matar civis inocentes. Não muda a nossa percepção de que eles são perigosos e tentam minar as instituições democráticas do México ", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley. Do ponto de vista de Washington, as 72 vítimas de San Fernando eram potenciais imigrantes ilegais. Mas, como não haviam ainda cruzado a fronteira, o caso não chegou a ser somado às queixas pela demora de Obama em apresentar ao Congresso uma política de imigração. Dessa forma, a percepção ficou restrita ao âmbito criminal.
O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, defendeu ontem que a fronteira com o México seja patrulhada por 50 mil soldados. O contingente atual, de 18 mil, foi considerado insuficiente por Schwarzenegger para "conter o caos, o trânsito ilegal e a violência sem sentido". Isso, entretanto, significaria o aumento de gastos de US$ 3,6 bilhões paraa quase US$ 9 bilhões ao ano.
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