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Acordo entre Espanha e Reino Unido permite sanções à Coréia

Países decidiram que haverá apenas uma autoridade britânica na região para congelar ativos financeiros e tomar medidas contra o regime de Pyongyang

Por Agencia Estado
Atualização:

Espanha e Reino Unido chegaram a um acordo bilateral a propósito de Gibraltar que permitirá à União Européia (UE) aplicar as sanções internacionais que foram decididas contra a Coréia do Norte. "Alcançamos um acordo que permite desbloquear a situação", anunciou o secretário de Estado espanhol para a UE, Alberto Navarro. A Espanha conseguiu que, do lado britânico, haja apenas uma "autoridade competente", o Ministério de Exteriores, capaz de aplicar em seu território as sanções, que incluem o congelamento de ativos financeiros e outras medidas econômicas, como exportação de produtos de luxo ao regime de Pyongyang. A inclusão das autoridades de Gibraltar como responsáveis, no território, pelas sanções contra a Coréia do Norte havia provocado inicialmente receio na Espanha, levando ao bloqueio das medidas a serem adotadas pela UE. "Uma vez que se solucione este problema, a polêmica chega ao fim", afirmou Navarro, que explicou que o acordo foi feito na tarde de sexta-feira. O secretário acrescentou que alcançada "uma boa solução" em um assunto "muito importante", o que permitirá ainda ter uma fórmula para evitar problemas do tipo no futuro. Por sua vez, o ministro de Assuntos Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse não ter sido necessário que a Presidência da UE, atualmente exercida pelo país, apresentasse propostas. De acordo com ele, Londres e Madri chegaram à solução por conta própria. A disputa surgiu após a elaboração do regulamento da UE para a aplicação da decisão do bloco de impor à Coréia do Norte as sanções estipuladas pelo Conselho de Segurança da ONU. O território de Gibraltar foi incluído a pedido do Reino Unido no anexo do documento sobre as autoridades competentes para fazer cumprir as sanções. A eliminação dessa menção era exigida pela Espanha. Madri argumentava que o Reino Unido era a única autoridade competente no terreno das relações exteriores.

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