BUENOS AIRES - A ex-presidente argentina Cristina Kircher se apresentou nesta segunda-feira, 31, à Justiça do país para depor sobre acusações de corrupção. Cristina, a primeira de 17 acusados a falar sobre a concessões de obras públicas ao empresário Lázaro Báez, se disse vítima de perseguição política. Ela é acusada de favorecer Baez em licitações.
Cristina chegou a sede do tribunal de Comodoro Py acompanhada de um forte esquema de segurança, com 300 policiais. A audiência perante os promotores Gerardo Pollicita e Juan Mahiques e do juiz Julián Ercolini ocorreu a portas fechadas. Na saída do tribunal, a ex-presidente fez uma declaração à imprensa na qual se disse inocente das acusações.
"Para os promotores, houve uma associação ilícita. Isso é uma manobra do atual governo e uma perseguição política. Nunca decidi nada sobre obras públicas", disse.
Além de Cristina, o ex-ministro de Planejamento Julio de Vido também está envolvido nas acusações. A ex-presidente apresentou um recurso para que o processo seja anulado.
"Queremos que se investigue a fundo, sem arbitrariedades nem politicagem se houve corrupção no nosso governo. Que se investigue também o atual governo", acrescentou./ AFP