O ex-capitão do Exército da Ruanda e ex-oficial da inteligência do país, Idelphonse Nizeyimana, se disse inocente nesta quarta-feira, 14, sobre as acusações de que seria um dos responsáveis pelo genocídio que deixou mais de 800 mil mortos na nação africana em 1994.
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O Tribunal Internacional para Ruanda, com sede na Tanzânia, acusa Nizeyimana por genocídio, cumplicidade em genocídio, incitação pública e direta ao genocídio e crimes contra a humanidade. O ruandês foi preso em 5 de outubro na Uganda, após entrar no país vindo da República Democrática do Congo.
"Nizeyimana disse ser inocente quanto a todas as acusações contra ele. A data para o início de seu julgamento será estabelecida posteriormente", disse o Tribunal por meio de comunicado.
Em pouco mais de três meses, a milícia da maioria étnica Hutu matou cerca de 800 mil membros da minoria Tutsi e Hutus moderados em 1994. Os EUA ofereceram uma recompensa de US$ 5 milhões pela captura de Nizeyimana, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que sua prisão foi um grande passo contra a impunidade na volátil área dos Grandes Lagos da África.