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Adiada eleição paquistanesa

Votação marcada para o dia 8 é transferida para fevereiro

Por Reuters e Islamabad
Atualização:

A Comissão Eleitoral do Paquistão anunciou ontem que as eleições parlamentares, previstas para o dia 8, serão realizadas apenas em 18 de fevereiro. A decisão foi tomada em conseqüência da morte da ex-premiê e líder da oposição Benazir Bhutto - assassinada num atentado no dia 27, logo após um comício em Rawalpindi, perto de Islamabad. A morte de Benazir revoltou seus partidários que saíram às ruas em violentos protestos que deixaram até agora 58 mortos. Apesar de criticar o adiamento, a oposição confirmou que participará da eleição em fevereiro. "Em quatro províncias, o processo eleitoral foi suspenso completamente nos últimos dias", justificou o chefe da Comissão Eleitoral, Qazi Mohammad Farooq. Postos eleitorais foram incendiados em 11 distritos da Província de Sindh, reduto político da ex-premiê e a região mais atingida pela violência, de acordo com Farooq. O chefe do órgão disse que cédulas de votação, urnas e listas de eleitores foram destruídas. Num pronunciamento pela TV, o presidente paquistanês, Pervez Musharraf, afirmou que os militares patrulharão várias cidades para impedir novos distúrbios. "Esse é um momento para reconciliação e não confrontos. A missão de Benazir era promover a democracia e lutar contra o terrorismo. Esse também é o meu objetivo", disse Musharraf.

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