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Adolescente é condenado à prisão perpétua

Por Agencia Estado
Atualização:

Um garoto que tinha 12 anos quando matou uma menina ao imitar lutadores profissionais de luta livre foi sentenciado nesta sexta-feira à prisão perpétua sem direito à liberdade condicional depois de um juiz ter-se recusado a descartar sua condenação por homicídio em primeiro grau (qualificado). Joel Lazarus, juiz do condado de Broward, impôs a obrigatoriedade do cumprimento da sentença por Lionel Tate, hoje com 14 anos, e classificou a morte da menina Tiffany Eunick, de seis anos, como "um assassinato frio, insensível e indescritivelmente cruel". "A evidência de que Lionel Tate é culpado é clara, óbvia e inquestionável", disse Lazarus. "E esta evidência sustenta o veredicto do júri." O juiz rejeitou os pedidos da defesa para que fosse descartada a condenação por homicídio qualificado ou para reduzi-la a homicídio em segundo grau ou homicídio culposo (sem intenção). Também foi rejeitada pelo juiz uma petição da defesa para a realização de um novo julgamento. Lágrimas desceram pelo rosto de Tate quando sua sentença foi pronunciada. Sua mãe, que descrevera a morte da menina Tiffani como um "trágico acidente", não reagiu à leitura do veredicto. Muitos parentes e amigos da família Tate lamentaram o resultado. Tate foi algemado, teve as pernas acorrentadas e foi levado da corte para uma prisão. Jim Lewis, advogado de Tate, planejava apelar. Ele também disse que pediria ao governador Jeb Bush a comutação da sentença. O promotor Ken Padowitz pediu a Lazarus que mantivesse a condenação por homicídio qualificado, definida em 25 de janeiro por um júri após duas semanas de julgamento, mas admitiu que apoiaria um eventual pedido de comutação da sentença. "Estou preparado para unir-me imediatamente à defesa e pedir ao governador e ao gabinete a realização de uma reunião de clemência para reduzir a pena", disse Padowitz. "De forma nenhuma isto é uma indicação de que eu não acredite na correção do veredicto." Padowitz não sugeriu qual sentença seria merecida por Tate, mas disse que a redução da sentença seria mais apropriada devido à idade do garoto. Antes do julgamento, Tate, a mãe Kathleen Grossett-Tate e o advogado rejeitaram um acordo que oferecia três anos de prisão em regime fechado, um ano de prisão domiciliar e dez anos de liberdade condicional ao garoto.

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