Seis adolescentes, de 11 a 15 anos de idade, iniciaram uma greve de fome na cidade mexicana de Tapachula, exigindo ajuda oficial para suas famílias, que perderam suas casas por causa do furacão Stan. Romeo Klester Escobar, pai de dois dos jovens e porta-voz do Grupo Revolucionário do Estado, formado por 114 famílias atingidas, disse que os grevistas só vão receber água e soro, por tempo indeterminado. Ele explicou que a medida foi tomada porque as autoridades locais e federais não levaram em conta seus pedidos. "Fecharam as portas, nos ignoraram", disse Klester Escobar, um dos milhares que ficaram desabrigados após a passagem do Stan, em outubro, pelo Estado de Chiapas. Oficialmente, o furacão matou 82 pessoas, inundou 800 povoados e afetou dezenas de milhares de pessoas em Chiapas. "O furacão nos deixou sem nada. Recebemos um certificado, mas agora estão dizendo que não vale nada, que é preciso apresentar mais requisitos e, além disso, pagar oito mil pesos (US$ 700) de sinal para conseguir um terreno", queixou-se Klester. Os menores em greve de fome são Eric Romeo Klester Sánchez,11 anos, Zoily Mariela Klester Sánchez, 15 anos, Paola Escobar Pérez, 13 anos, Doris Karina García, 13 anos, Gabriela Escobar Pérez, 11 anos, e Eleazar Isaí Ramírez Franco, 13 anos.