Advogada diz que opositor russo Alexei Navalni está 'gravemente doente’

Líder opositor russo perdeu 13 quilos em 3 semanas e passou por vários exames, incluindo um para covid

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Por Redação
Atualização:

MOSCOU - Olga Mikhailova, advogada do líder opositor russo Alexei Navalni, disse nesta terça-feira, 6, que seu cliente está “gravemente doente”. Ele foi transferido para uma enfermaria da prisão em razão de problemas respiratórios. Ele tem febre, tosse, dor nas costas e teria perdido 13 quilos nas três últimas semanas. Navalni, segundo autoridades, passou por uma bateria de exames – incluindo um para covid.

Segundo Navalni, que mantém atualizada uma conta no Instagram com a ajuda de aliados, vários detentos vêm sendo tratados por tuberculose na prisão. O opositor, que está em greve de fome, adotou um tom sarcástico. “Se eu tiver tuberculose, talvez isso resolva as dores nas costas e a dormência nas minhas pernas. Isso seria bom”, escreveu.

Líder opositor russo perdeu 13 quilos em 3 semanas e passou por vários exames, incluindo um para covid Foto: Shamil Zhumatov/REUTERS

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Simpatizantes de Navalni acusam o governo russo de negar-lhe atendimento médico e de “assassinar lentamente” o líder dissidente. Nesta terça-feira, a polícia prendeu vários apoiadores de Navalni que protestavam diante da colônia penal de Pokrov, a 200 quilômetros da capital Moscou, exigindo que ele recebesse cuidados médicos adequados. 

Anastasia Vasilyeva, diretora da organização Aliança dos Médicos, estava entre os presos – ao lado de outros três médicos. Repórteres da CNN e do Belsat, um canal de TV da Polônia, também foram detidos por um breve período. 

Navalni foi sentenciado a 2 anos e 6 meses de prisão por violar as regras de sua liberdade condicional – ele havia sido condenado em um caso de fraude, em 2014. O opositor alega, no entanto, que ele não cumpriu as exigências da condicional, entre elas a de não se reportar às autoridades russas, porque estava sob tratamento na Alemanha, após ter sido envenenado durante uma viagem à Sibéria, em agosto. / AP, NYT e REUTERS

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