ESTOCOLMO - Os advogados de Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, afirmaram nesta segunda-feira, 22, terem pedido ao Tribunal de Estocolmo que retire a ordem de captura contra seu cliente.
Os advogados suecos se baseiam na decisão de 5 de fevereiro de um grupo de trabalho da ONU, que considera que Assange - refugiado na embaixada equatoriana em Londres - é vítima de uma ordem de detenção arbitrária. Eles disseram ter pedido, com base neste novo elemento, o reinício do procedimento para questionar a ordem de captura europeia.
O pedido já foi feito a um tribunal de primeira instância, uma corte de apelações de Estocolmo e à Suprema Corte sueca, mas foi derrotado em todos. "Queremos que reexaminem a decisão e a anulem", declarou à AFP Tomas Olsson. "Penso que (a decisão do grupo de trabalho da ONU) é um fato importante e deve ser levado em conta", acrescentou.
A ordem de captura europeia foi emitida em novembro de 2010 para interrogar o australiano pelas acusações de estupro apresentadas três meses antes por uma sueca. Depois de ter negado as acusações ante a justiça britânica, Assange se refugiou na embaixada do Equador em Londres em junho de 2012.
Em março de 2015, os magistrados suecos aceitaram a ideia de um interrogatório em Londres, que ainda não ocorreu por complicações de procedimento.
Assange considera que a opinião do grupo de trabalho da ONU é uma "vitória de importância histórica" e pede o retorno de sua liberdade de movimento. /AFP