Advogados recorrerão da condenação em Mianmar

Violação da lei de segurança nacional do país acarretou pena de mais um ano e meio de prisão domiciliar

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Atualização:

Os advogados que defenderam a líder opositora em Mianmar e Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, anunciaram nesta quarta-feira, 12, que recorrerão da sentença que a condenou por quebrar os termos da prisão domiciliar.

 

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Suu Kyi foi condenada na terça-feira, 11, a três anos de trabalhos forçados, embora o chefe da Junta Militar, o general Than Shwe, tenham reduzido a pena e ordenado que cumpra 18 meses de reclusão em casa.

 

Nyan Win, advogado e porta-voz da Liga Nacional pela Democracia (LND), legenda liderada pela Nobel da Paz, disse à imprensa que apresentariam um recurso perante o Tribunal de Apelações por considerar que a sentença foi "incorreta".

 

A defesa de Suu Kyi alegou durante o julgamento que a acusação se baseava em uma lei que deixou de ter efeito após a entrada em vigor da nova Constituição, aprovada em plebiscito no ano passado.

 

O julgamento durou quase três meses e foi dominado pelo hermetismo próprio do regime militar, que impôs uma série de dificuldades aos advogados de Suu Kyi.

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Uma aparente falha nas medidas de segurança permitiu que, em maio passado, o americano John Willian Yettaw cruzasse nadando um lago e entrasse na casa da Nobel da Paz, que cumpria então há seis anos a ordem de prisão domiciliar imposta pela Junta Militar por ativismo político.

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