Afeganistão e Paquistão aumentam cooperação contra terrorismo

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Por Agencia Estado
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Os presidentes do Afeganistão, Hamid Karzai, e do Paquistão, Pervez Musharraf, reunidos por George W. Bus para um jantar, concordaram em aumentar sua cooperação na luta antiterrorista, segundo a Casa Branca. O jantar tinha como objetivo aparar as arestas entre dois dos aliados americanos mais importantes no combate contra o terrorismo. Em comunicado emitido ao fim do evento, a Casa Branca disse que o objetivo foi alcançado. "Os líderes concordaram em promover ações comuns para atingir alvos comuns. Eles expressaram seu compromisso com o combate ao extremismo, à ação coordenada contra os terroristas, uma melhor comunicação dos dados de inteligência e esforços comuns para melhorar a prosperidade do Afeganistão e Paquistão", segundo o comunicado. Durante o jantar, Musharraf explicou seu acordo com as tribos da fronteira noroeste. Karzai, por sua vez, abordou seus esforços para melhorar a segurança, a governabilidade e o desenvolvimento em seu país, acrescenta a Casa Branca. Numa breve declaração no Jardim da Casa Branca ao lado de Karzai e de Musharraf, antes do início do jantar de trabalho, Bush havia dito que na reunião seriam analisadas estratégias e a necessidade de cooperar. "Temos muitos desafios diante de nós e temos que trabalhar para tornar este mundo um lugar melhor", declarou o presidente americano. Em declarações anteriores, Bush afirmou que aproveitaria o jantar para observar a "linguagem corporal" que existia entre os dois países. Bush já se reuniu com Musharraf na última sexta e com Karzai na terça. O afegão e o paquistanês se acusam mutuamente de não fazerem o necessário para combater o terrorismo. No centro da disputa entre os dois países está o acordo de não agressão recentemente assinado entre Islamabad e as tribos do Waziristão, na fronteira noroeste do Paquistão. O acordo impede as tropas paquistanesas, posicionadas na região após os atentados de 11 de Setembro de 2001 de atacar os extremistas, enquanto as tribos afirmam que não permitirão ataques contra a fronteira afegã e as tropas da Otan no sul do Afeganistão. O Afeganistão experimentou nos últimos meses uma grande escalada da violência, a mais dura desde a invasão que derrubou o regime taleban em 2001, no sul do país.

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